Vamos falar agora sobre um assunto que eu gosto de chamar de “ética da PO”, a ética da Personal Organizer nesse mercado. Você está entrando em um mercado que já é relativamente grande, mas que ao mesmo tempo está começando, principalmente se você for comparar com outros mercados mais sólidos, aqueles amplamente divulgados, aqueles que a mamãe sempre quis que a gente fosse, como médico e engenheiro. Pode parecer que o mercado de Personal Organizer é pequenininho, mas já temos PO’s “a rodo” em tudo quanto é lugar do mundo.

➡ Você tem trabalho todo dia!

Uma coisa que eu já disse, mas vou repetir para que você guarde essa frase: pode ser que você não tenha projeto de organização na casa do cliente todos os dias, mas tem trabalho todo dia. Acordar, sentar na frente do computador, pensar se vai postar alguma coisa diferente, se vai mandar um email, se você vai visitar uma loja, se vai fazer uma proposta de workshop, se você vai fazer uma parceria com alguém, se você vai sair para ir numa feira de decoração e organização, se você vai propor algo para alguém, se você vai comprar um livro e estudar alguma coisa, se você vai ver um programa e se inspirar, se você vai fazer um laboratório, enfim. Todo dia tem trabalho!

Eu lembro que quando comecei na carreira de organização, eu falava muito isso para mim, porque os primeiros dias foram muito complicados. Eu vim de uma empresa onde eu trabalhava todos os dias das 9h às 18h, às vezes muito mais. Tinha hora para acordar para ir trabalhar, tinha um chefe que dizia o que fazer. E nos primeiros dias que não tem essa rotina, não tem horário para acordar, não tem alguém que diga o que fazer, você sente o peso da liberdade. É complicado porque você não tem quem diga para onde você deve ir, então se você deixar, o sofá é muito confortável. Sessão da tarde é maravilhoso. Netflix tem tanta coisa legal para ver. E quando você está começando algo novo, arrumar desculpas para não fazer o que precisa ser feito, é rápido! A gente começa a dar desculpas do tipo “mas eu estou só começando”, “vou tirar uns dias de férias, já que acabei de sair do trabalho”, “mas é só mais 1 diazinho, 1 semaninha”. Eu não sei você, mas eu não tive como fazer isso não. O tempo é implacável e se a gente não correr atrás, não vai vingar.

Você tem que correr atrás do que é teu. E agora, entenda que você também vai ter a liberdade ao seu favor. Você quer ter um dia para descansar? Beleza! Mas e os outros dias? O que você vai estar fazendo todos os dias pela sua empresa? Todo dia você tem que focar um pouco no seu negócio. Se você trabalhava em uma empresa, todo dia você não depositava 8 horas trabalhando na empresa de alguém? Então por que você não vai depositar 8 horas trabalhando pela sua empresa?

Imagina você 8 horas pensando e agindo em formas de levar o seu negócio para frente, pensando em pessoas que você pode se conectar, fazendo propostas para enviar a essas pessoas, enviando propostas, tentando fazer um site, um e-mail, um cartão, indo atrás de laboratórios, de lojas, de produtos organizadores, indo em um monte de lojinhas na sua cidade para ver onde tem produto organizador, indo em reuniões, buscando palestras sobre organização onde você possa ir e fazer conexões. Tem tanta coisa para você fazer! Não venha me dizer que não tem.

Pode até não ter projeto, mas tem trabalho todo dia. Leve isso como uma premissa para você.

Isso porque, a gente, minimamente, precisa estar em movimento. As coisas acontecem em nossa vida, mas a gente precisa estar em movimento. Às vezes a gente fica esperando que as coisas aconteçam na nossa vida, mas as coisas não acontecem na vida de quem fica parado, sentadinho e quietinho. As coisas só acontecem na vida de quem está em movimento. A sorte vem e sobe na garupa da sua bicicletinha, mas você tem que estar andando nela! Leve isso com você como princípio da PO Reorganize. Combinado?

➡ Cuidado com conversas inconvenientes

Na parte de ser assistente, falamos muito sobre a postura com outros profissionais, contratando ou sendo assistente. E ali já deu para ter uma boa ideia de como lidar com outros profissionais dentro dessa área. Mas eu quero também dar a você orientações sobre a ética dentro desse mercado em relação a outros profissionais em outros momentos da sua carreira.

Por exemplo: se você chegar na casa de um cliente e por acaso ele comentar sobre uma outra profissional que porventura ele tenha contratado e te contar que ela fez isso e aquilo que ele não gostou. É normal dar curiosidade. Quando eles falam isso, a primeira coisa que vem na minha cabeça é perguntar “quem foi?”, mas não pergunto.Invariavelmente eles comentam, mas às vezes não comentam e a gente não pergunta. Qualquer coisa que algum cliente falar sobre outra profissional (“foi bom”, “foi ruim”, “gostei”, “não gostei”) faz a egípcia, finge que nem ouviu e continua o assunto de outra forma. Não dá trela! Não dá trela porque o cliente percebe que você não é de fofoca. Aí ele não continua o assunto. Se você der trela, ele vai querer ficar comentando.

➡ Não se compare!

Outra coisa importante e que eu quero que você coloque esse pensamento dentro de você é que, independente de qualquer coisa que o cliente ou outra pessoa fale, não compare o seu trabalho com o trabalho de outra pessoa; não compare o seu preço com o preço de outra profissional. Foca no seu trajeto, foca no seu trabalho e esquece a outra pessoa. Eu sei que é difícil, ainda mais com as redes sociais, mas deixa eu te contar uma coisa: se você não ficar o dia todo acessando e olhando a vida das pessoas, elas não vão aparecer na sua frente. Esse é o segredo da internet! Se você não ficar acessando o tempo inteiro, não ficar curtindo, comentando, correndo atrás, as coisas não ficam aparecendo para você.

Quanto mais a gente vai atrás, mais a gente fica se comparando. E o problema é que, geralmente, a gente fica comparando “laranja com banana”. Você quer comparar você começando com uma pessoa que já está há 10 anos no mercado, com equipe de 15 pessoas, 30 cursos nas costas e 10 tombos na cara. Não dá e não é para comparar!

Você ainda vai passar pelos seus percalços e um monte de coisas para chegar onde ela chegou. Não é para comparar! É muita maldade com você comparar. É muita maldade o que você faz com você mesma quando se compara. Só que é o que a gente mais faz. A gente olha a vida do outro, não para se espelhar e se inspirar. Não! A gente olha para se comparar e se torturar. E fica perguntando: por que eu ainda não tenho? Por que eu ainda não cheguei lá? Por que eu não consigo? Por que eu não faço isso? Por quê? Por quê? Por quê? 

Não faça isso! Foca no seu trajeto! Foca no seu passo a passo, e caminha! Continue caminhando.

➡ Encare as dificuldades como oportunidades!

Uma vez, um mentor falou uma coisa para mim e eu nunca mais esqueci. Eu entendi que é a mais absoluta verdade em todos os momentos da nossa vida. Ele disse: Normalmente, vai ficar pior antes de ficar melhor. Sempre que a gente está para romper uma grande barreira, para a coisa ficar boa, a coisa dá uma piorada antes, fica um pouco mais difícil. É como se a gente viesse em uma vertente que vai subindo e, de repente, cai e depois dá uma subida vertiginosa. Antes ela dá uma caidinha. É como se fosse um pequeno teste para ver se você aguenta. E normalmente é onde as pessoas desistem. É um pouquinho antes de subir, na hora que cai.

Eu falo isso para você lembrar que se isso acontecer um pouco mais pra frente, geralmente as pessoas desistem nesta quedinha, um pouco antes de subir. E aí ficam olhando para aquela pessoa do Instagram e se comparando. Não faça isso com você! Foque no seu trajeto. Aqui dentro você tem todo o caminho que você tem que seguir. Você só precisa seguir todos os passos que a gente está te dando aqui dentro. Temos um combinado?

➡ Dê o devido crédito quando algo não for de sua autoria

Ainda falando sobre a postura com outras profissionais, se você for fazer postagens em blog, Instagram e essas coisas, invariavelmente, principalmente no início, a gente procura imagens, conteúdo no Google, e às vezes a gente acha umas imagens que não sabemos nem de quem é. A gente vê uma foto, acha bonitinha e usa ela na postagem. Se você vir que já tem o nome da pessoa embaixo da foto, dê o crédito da pessoa. É só colocar no final do post, por exemplo, “foto by Priscila Saboia” ou “foto retirada do site priscilasaboia.com.br”. É só isso. Dar o crédito e evitar problemas. Estou dando o exemplo aqui comigo, mas pode ser com qualquer pessoa.

E se você não souber de quem é, bota a foto e se a pessoa aparecer depois pedindo o crédito ou para retirar, não entre em briga por causa disso. Bota o crédito da pessoa e ainda agradece por ter avisado, que pegou essa foto no Google e não tinha visto que era dela, agradeça pela foto. Seja gentil, isso só traz coisas boas para sua vida.

Não pegue foto de outro profissional e poste na sua rede social dizendo que foi você que fez. Isso é tão antiquado, sabe? Se não tem foto sua bonita, está tudo bem. Pegue uma foto no Google, faça a postagem e fale sobre ela. Não precisa dizer que é sua. Não precisa dizer “olha que armário lindo que eu fiz”. Não! 

Fale sobre o que está na foto. Fala assim: “Gente, olha que incrível! Quando temos um armário assim, fazemos assado, usamos cabides assim e blá blá blá. Foto by Fulano de Tal.”

Ou vai lá e coloca o teu armário. Hoje em dia qualquer celular faz uma foto bonita. Organiza o seu armário, corta a parte bonita e faz uma postagem simples com aquilo. Não precisa pegar a foto dos outros e dizer que é sua.A gente trabalha com a verdade. A verdade vende!

Agora vamos falar na questão da ética da PO sobre como se comportar.

➡ Pontualidade e alinhamento de horários

Eu não sei se você é uma pessoa que se atrasa no seus compromissos ou se é uma pessoa pontual, mas se for uma que se atrasa, você vai passar a se atrasar só nos almoços de domingo. Com seu cliente você tem que ser muito pontual. Personal Organizer que se atrasa com o cliente, já começa com 5 pontos negativos. A pessoa quer organizar a vida dos outros, mas não consegue organizar o próprio horário? Não dá!

Então, marcou com a pessoa, chegue no horário correto, de preferência uns minutinhos antes. Não conte com a sorte, saia com antecedência, coisas podem acontecer. Sempre pergunte para o cliente que horário ele gostaria de começar, porque você precisa ajustar com aquele cliente qual é o movimento daquela casa, para que você possa se ajustar a esse movimento. Cada casa é um caso e precisamos nos adaptar ao movimento daquela casa, passando por ele da forma mais invisível possível (se é que isso é possível. Mas a gente tenta.).

Às vezes é necessário começar um pouco mais tarde ou um pouco mais cedo porque é o horário que as pessoas saem de casa para trabalhar, para ir à escola e aí dá para começar mais cedo. Mas aí também a gente vai embora mais cedo porque a galera chega da escola ou do trabalho e já quer jantar, quer ficar em casa “de boa” sem a gente atrapalhar. Então converse isso com o cliente para você ajustar o horário que você chega e que você vai embora para ter isso muito bem definido e não ficar aquele disse e me disse. Além de você já se programar também.

Imagine, naquelas horas de trabalho, no meio do seu dia, um momento de você fazer uma pausa para almoçar. Avalie se próximo à casa do cliente tem algum lugar para você sair para almoçar. Às vezes, é um lugar muito isolado e aí a melhor opção é você levar uma comida para já comer dentro da casa do cliente. Porque às vezes você leva tanto tempo para pegar o carro, sair, almoçar e voltar, que não vale a pena essa perda de tempo. E é aquilo, se você for levar comida, já veja um lugar onde vocês possam almoçar e voltar para o trabalho.

Então, em termos de horários, se programe, se organize. Inclusive, na primeira visita já olhe todo o entorno. Já olha as ruas próximas, os restaurantes próximos, se tem um shopping, se tem uma rua com um lugarzinho que vende alguma coisa, sabe? Porque você vai voltar ali para trabalhar. Talvez você fique dias voltando ali para trabalhar e você precisa conhecer aquele lugar.

➡ Vista-se adequadamente

Agora falando sobre roupa. Na primeira vez que a gente vai ver o cliente, a gente vai bem vestida, tipo entrevista de emprego. Depois que você vai para fazer o trabalho efetivamente, aí já é o uniforme, porque agora é mão na massa, poeira e suor. 

Abaixo dessa aula eu vou deixar algumas opções de uniforme que eu já usei, que eu já testei e que eu recomendo para você. Eu já trabalhei, por exemplo, com um macacão jeans e uma blusa colorida. Nesse caso, no macacão eu colocava a minha marca na frente e tinha várias dessas marquinhas para cada pessoa que trabalhava comigo prender na frente do macacão também. Eu achava legal porque o macacão é confortável e dá essa coisa da roupa mais soltinha que não deixa nada marcando. 

Hoje a gente trabalha muito de preto, com legging (da mais soltinha) e blusa por cima. Isso é legal quando você tem uma equipe grande porque fica fácil de padronizar. Legging todo mundo tem e você coloca a blusa para todo mundo. Mas é necessário ter cuidado para que se mantenha com todo mundo a premissa de as roupas não serem justas.

Vamos então olhar alguns pontos que são muito importantes em relação a uniforme e aparência:

• Independente de qualquer roupa que você vai usar, seja na primeira visita ou no seu uniforme do dia a dia de trabalho, NADA PODE SER TRANSPARENTE e nem com peitinhos aparecendo. Quando digo isso é no sentido de que se você é uma pessoa que usa sutiã sem bojo, de vez em quando a gente fica com frio e o farol acende. Tem que usar bojo, gente. Titia está dando a dica para você não passar vergonha. As casas costumam ter ar condicionado e a última coisa que a gente quer é que alguém fique olhando para onde não deve.
• Calça legging não é aquela de ginástica empina bumbum. São aquelas calças leggings soltinhas, retas, daquelas quase da vovó. Como a maioria aqui, somos mulheres brasileiras, em geral com o quadril avantajado. Com a calça legging justa isso fica ainda mais evidente. Então, a última coisa que queremos é entrar na casa do cliente e deixar nossas formas avantajadas à mostra. Isso a gente mostra na academia ou onde quisermos. Na casa do cliente não. Lá precisamos ter uma postura profissional. Isso é ser realista, não hipócrita. Estamos indo trabalhar dentro da casa das pessoas, é um serviço majoritariamente feminino e a gente já está conseguindo conquistar esse mercado. Por que usar uma roupa que marca o corpo, que marca o que a gente não quer? Eu não quero mostrar meu corpo. Eu quero mostrar o meu trabalho. Tudo que eu não quero é criar uma situação delicada dentro daquela casa. Então, é roupa soltinha, roupa larguinha.
• Em relação à blusa, pode ser uma blusa preta. Eu gosto bastante de trabalhar toda de preto, porque essa cor traz uma invisibilidade para nós dentro da casa. Apesar de termos que ter identificação, eu gosto da ideia do preto. Escolha uma blusa básica. Pode ser uma blusa polo para ficar mais arrumadinha. Mas nada de blusinhas sem manga ou de alcinhas, porque isso gera uma percepção muito relaxada. Se você vive em uma cidade mais quente, pense em um uniforme bonito de verão. Aqui no Rio a gente tem esse problema. Verão 40° e trabalhando de preto. Nossas blusas já são de malha porque é mais fresquinho e a gente está pensando em usar aquelas blusas de dry fit, estilo academia, que são bem mais leves, são bonitas, é melhor na questão da transpiração, são mais levinhas e dá para bordar a marca. Talvez também vamos usar uma bermuda, mas aquelas longas, em um estilo calça pantacourt, que vem até depois do joelho e é larguinha. Vai ficar bem bonitinho e bem mais fresco. Então, se você mora em uma cidade mais quente, pense em um uniforme verão.

Mesma coisa se você morar em uma cidade mais fria. Pense em um uniforme inverno que fique bonito, sem deixar desleixado. 

O preto, além dessa questão de invisibilidade, também ajuda a não aparecer a sujeira, porque a gente geralmente lida com lugares com muita poeira e se você estiver de branco ou uma cor muito clara, provavelmente no final do dia você vai estar toda suja. Com o preto você vai terminar o dia com uma cara mais arrumadinha. 

• Independente da cor, a roupa precisa ter identificação. Tem que mostrar quem você é porque dentro da casa pode ser que haja outros empregados. Então, tem que ter escrito que é a equipe de organização, que é a personal organizer. Algo escrito na frente ou atrás ou ter um bottom. Uma camisa de silk screen, bordada, um bottom que você usa em uma camisa básica ou, como eu usava nos meus macacões, um pedaço de bordado com a marca para prender na roupa. Eu ia passando esse bordado de macacão para macacão que eu tinha e também disponibilizava esse bordado para as pessoas que vinham trabalhar comigo. E não só você, mas toda pessoa que estiver com você tem que estar identificada.
• Sapato SEMPRE fechado. NUNCA trabalhar de sapato aberto, chinelo, sandália. Sempre fechado e, de preferência, tênis. Sapatilha é desconfortável. Lembre que vai passar várias horas em pé ou muitas horas sentando e levantando, subindo e descendo. Então, escolha um tênis confortável, bonitinho e apresentável. Para mim a marca de tênis mais confortável é a Skechers. Eu descobri que são aqueles que as pessoas usam para andar nos parques da Disney, onde eles andam muito e o tênis não machuca. Eu testei e realmente deu certo. Aí eu trouxe um e passei a trabalhar só com esse tênis. Eles vendem aqui no Brasil e eu acho que é um ótimo investimento para você fazer depois de um tempo. Mas, enfim, um tênis confortável que você já use. Nada de tênis novo. Tênis novo a gente não usa para fazer coisas que precise andar muito.
• Cabelo sempre preso, totalmente preso, até aqueles pequenos na nuca. Isso porque o cabelo cai nas coisas e a gente vai ficar trabalhando ali. Não é para organizar e ficar modelando com o cabelo. É para trabalhar. Se você tiver o cabelo curto, o cabelo também cai. Então, use uma fivelinha. Se for muito curto para prender, use touca.É feio, mas é necessário, porque o cabelo cai.  Principalmente quando vamos cuidar de coisas muito delicadas, como lingerie, coisas mais íntimas, não precisa ficar caindo cabelo nas coisas dos clientes, né?
• Perfume é uma coisa complicada de falar, porque eu posso falar para você usar um perfume leve, mas o que é um perfume leve? Perfume leve para uns pode ser o perfume Cuba. Não sei se você conhece esse perfume. Pode ser um perfume francês fortíssimo para mim e para a outra pessoa é leve. Eu gosto de dar a seguinte dica: se você gosta de colônia de bebê, pode, já que geralmente é bem levinho. Fora isso, sem perfume. Isso porque as pessoas podem ser alérgicas e você vai ficar ali mexendo nas coisas dos outros.
• Joias e bijuterias, brincos só se forem bem pequenininhos. Nada de coisas penduradas, argolas ou que façam barulho. Isso vale tanto para a visita quanto para o trabalho no dia a dia. Anéis, só a aliança, nada de anéis grandes. Se você gosta de usar no seu dia a dia, ok. Para o trabalho, não!  Cordões, só bem pequenos, como o seu cabidinho, nada chamativo. Na visita, você pode usar um cordão maior, mas desde que ele não balance nem faça barulho, assim como pulseira ou algo desse tipo. Imagina você falando com o cliente e, assim como eu, você é uma pessoa que usa muito as mãos para falar. Aí a pulseira faz barulho, o brinco faz barulho, o cordão faz barulho e ninguém vai prestar atenção no que você está falando. Você está ali para que a pessoa entenda o que você está falando. Eu não quero que ela veja que eu tenho um cordão chique, um anel ou uma pulseira. Eu quero que ela preste atenção em mim. Eu quero que ela veja que eu vou mudar a vida dela. Eu quero que ela feche contrato comigo. Só isso! Agora, quando você vai trabalhar na casa dela, cordão pequeno do dia a dia, tudo bem. Brinco pequeno, aliança, tudo bem. Mas se tem um detalhe maior, não! Até porque, puxa fio de roupa. Não use pulseiras pelo mesmo motivo.  Em termos de jóias e bijuteria, a gente precisa estar bem “pelada”. Tome cuidado com tudo que possa puxar fio na roupa do cliente.
• Maquiagem é necessária e fundamental. O cliente não é obrigado a ver suas olheiras. Mas a maquiagem tem que ser leve, nada fantástico. Inclusive, quando for trabalhar na casa do cliente, evite batom, no máximo um hidratante labial, porque normalmente o batom tem cores fortes que podem sujar uma roupa. Na pele, o mais básico possível. Um corretivo, rímel e protetor solar com cor já está ótimo.
• Unhas têm que estar bem cuidadas, curtas e lixadas, bem apresentadas. “Ah, Priscila! Eu vou ter que estar sempre de unha feita?” Não. Não deu para fazer a unha, tudo bem. Mas é unha bem cuidada. Tem que ser igual a como fazemos com as unhas das crianças, que são cortadas, lixadas e limpinhas. Passa uma base e está bem apresentável. Isso porque você vai trabalhar com as mãos e a pessoa tem que ver que você tem cuidado com as suas mãos.